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O conhecimento atual que temos do mundo espiritual se deve, efetivamente, à excepcional faculdade mediúnica de Chico Xavier e à sua exemplar conduta moral, condições que lhe permitiram captar corretamente os verdadeiros ensinos dos Espíritos e não ser enganado por mistificadores que, infelizmente, abundam na realidade extrafísica. Neste artigo vamos apresentar apenas breves anotações a respeito da realidade viva que se estende no plano imediato à experiência reencarnatória, pois o assunto é muito vasto. Os relatos mediúnicos presentes nos livros recebidos pela mediunidade do Chico Xavier, sobretudo os do Espírito André Luiz, fornecem significativas informações a respeito da sociedade humana que existe no Além, cuja organização social fundamenta-se nos princípios de afinidade e que pode ser comparada a “imensa floresta de criações mentais, onde cada Espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo”, como ensina Emmanuel. André Luiz, por outro lado, enfatiza “que o plano imediato à residência dos homens jaz subdividido em várias esferas. Assim é com efeito, não do ponto de vista do espaço, mas sim sob o prisma de condições [de vida]”. Contudo, o ciclo geofísico, consequente da rotação do Planeta em torno do próprio eixo, não sofre maiores alterações, pois é governado pelas
Nessas condições, sabe-se que no outro lado da vida as construções humanas e as da Natureza – reservatórios hídricos (oceanos, rios, lagos e fontes), planícies e planaltos, flora (florestas e bosques) e fauna diversificada – utilizam como matéria-prima um fluido vivo e multiforme, estuante e inestancável, definido como subproduto do fluido cósmico universal, que é “absorvido pela mente humana, em processo vitalista semelhante à respiração”. Esclarece André Luiz:
Contudo, elucida o Espírito Abel Gomes:
Sendo assim, há grupamentos humanos que representam focos de perturbação e há outros assinalados pelo equilíbrio e harmonia espirituais, pois um fato é incontestável:
Entretanto, nem todos os Espíritos têm acesso livre aos diferentes grupos, como a propósito lembram os Espíritos da Codificação:
Tomando como referência o plano físico da Terra, André Luiz nos fornece a seguinte classificação das comunidades espirituais, para que tenhamos uma ideia panorâmica do assunto (e que não deve ser entendida de forma rígida ou absoluta): • Regiões abismais, também denominadas Abismos ou Trevas, situadas abaixo da superfície terrestre. São localidades de desolação e tristeza. O sofrimento e as paixões inferiores marcam o semblante dos seus habitantes. Aí vivem milhares de Espíritos que, “preferindo caminhar às escuras, pela preocupação egoística que os absorve, costumam cair em precipícios, estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado [...]”. • Umbral, vasta e heterogênea região localizada na superfície e acima da crosta, é região de profundo interesse para quem esteja na Terra.Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior.
• Colônias de Transição ou de Fronteira, encontradas entre o Umbral e as Regiões superiores. Como exemplo, temos a Colônia “Nosso Lar”.Nela ainda existe sofrimento,
mas os seus habitantes, de evolução mediana, são mais esclarecidos, dedicados ao trabalho e à realização no bem. Tais condições favorecem a Natureza, plena de belezas e harmonias inexistentes nos planos inferiores. A Colônia possui várias avenidas enfeitadas de árvores frondosas. O ar aí é puro, e a atmosfera ambiental
reflete profunda tranquilidade espiritual. Não há, porém, qualquer sinal de inércia ou de • Esferas superiores, situadas acima das Colônias de Transição, são núcleos de diferentes graus de purificação e, por conseguinte, de felicidade. Apresentam diversos níveis de elevação espiritual, tal como acontece com as demais coletividades. Há comunidades redimidas, situadas “nas regiões mais elevadas da zona espiritual da Terra”. O habitante dessas esferas “vive muito acima de nossas noções de forma, em condições inapreciáveis à nossa atual conceituação da vida. Já perdeu todo o contato direto com a Crosta Terrestre e só poderia fazer-se sentir, por lá, através de enviados e missionários de grande poder”. Curvamo-nos com muito respeito e gratidão à grandeza e extensão do trabalho mediúnico veiculado por Chico Xavier, o Obreiro do Senhor, mesmo que ele, em sua simplicidade, haja afirmado:
Marta Antunes Moura |
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