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Abortar... Não, por favor

Você que pretende participar de um aborto, direta ou indiretamente, faça antes esta pergunta:

"Quando minha mãe estava grávida de mim, se decidisse me abortar, onde e como estaria eu agora? No céu ou inferno? Feliz ou infeliz? Sentimento de paz ou vingança?"

Todos já fomos orientados pelo Profeta Moisés, nos 10 mandamentos de Deus, para não matar. Não matar a esperança, o sonhos de alguém. Não matar o embrião que reside no útero das mães, enfim, não matar a oportunidade reencarnatória do espírito que irá renascer, viver, aprender, progredir e que traz a sua história para vivê-la juntos aos seus pais.

Amar é: "Não fazer aos outros o que não gostaríamos que fizessem conosco."

Madre Teresa de Calcutá ao receber o Prêmio Nobel em 1979, disse no seu discurso:

"Estamos falando de paz, mas sinto que hoje, o grande destruidor da paz é o aborto. Se uma mãe pode matar o seu próprio filho, o que falta para que eu o mate ou você me mate?"

O livro Momento Espírita, volume 1, página 27, traz o relato de "uma criança que não nasceu":

05 de outubro: Hoje teve início minha vida. Papai e Mamãe ainda não sabem.
19 de outubro: Hoje começa a abertura da minha boca... a primeira palavra será mamãe.
25 de outubro: Meu coração começou a bater... de fato, é uma grande dádiva de Deus.
02 de novembro: Meus braços e pernas começaram a crescer.
20 de novembro: Hoje minha mãe percebeu, pelo seu coração que me traz em seu seio.
28 de novembro: Todos os meus órgãos estão formados. Eu sou muito grande.
02 de dezembro: Logo poderei ver, meus olhos estão costurados com um fio.
12 de dezembro: Cresceram-me os cabelos e sobrancelhas.
24 de dezembro: Meu coração está pronto... serei uma menina cheia de vida e força.
28 de dezembro: Hoje minha mãe amanheceu diferente... vamos sair para passear. Creio que quer distrair um pouco... Ih! Acho que estamos entrando em uma clínica. Bem, deve ser para checar se minha saúde está boa. Que ótimo. O médico está chegando... Mas, esses instrumentos não são para um exame! Não mamãe, não deixe ele se aproximar! Que horror, esta é uma clínica de aborto! Socorro! Deixem-me nascer!... Ninguém escuta meus gritos!... E os meus sonhos de felicidade?... Minha vontadede ver a luz, as flores, as cores... Tudo acabado...

Sim.. hoje... hoje minha mãe me assassinou.

No aborto não há vitorioso, só derrotado e com sérias consequências morais, físicas, emocionais e espirituais. Sugerimos a leitura da lição 31 do livro Nosso Lar de título "Vampiro", onde podemos ler o trecho: "esses pontos escuros representam 58 crianças assassinadas..."

Você que já participou de um aborto, direta ou indiretamente, que já reconheceu seu erro e se arrependeu, o Espiritismo mostra um caminho para início imediato da sua reparação; "comece um trabalho voluntário junto aos filhos que não tem mãe ou com as crianças que o Conselho Tutelar as encaminha a um Lar, como exemplo o Lar de Maria Dolores e Meimei em Gramacho, para protegê-las dos maus tratos e das violências na própria família.

Ajude-as, oriente-as e principalmente, ame-as.

Como fazer isto? Como iniciar? Leia e medite no exemplo que está no Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 13, item 4: "Os infortúnios ocultos".

Lembre-se, somente nos casos em que uma gravidez põe em risco a vida da mãe, é preferível que se deixe viver o ser que já está no mundo, do que o ser que foi concebido. Recomendo ler a pergunta 359 do Livro dos Espíritos.

 

José Inácio
Informativo Cantinho de Luz nº 50
Republicado em 25/05/2015